Afinal, por que os dentes caem?

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Afinal, por que os dentes caem? São vários os fatores e vamos descrever alguns abaixo, mas inicialmente é importante entender que os dentes não têm prazo de validade definido e trazem problemas principalmente para os idosos. De acordo com pesquisa da USP, divulgada no site Brasil Sorridente, 80% dos idosos brasileiros têm menos de 20 dentes.

Sabendo que a população brasileira está envelhecendo mais e a expectativa de vida tem aumentado, temos que dar atenção especial aos problemas de saúde bucal dos idosos. Muitos não procuraram um profissional da área para fazer tratamento por medo, falta de tempo e até desconhecimento sobre meios de prevenção.    

Neste post você vai entender os principais motivos dos dentes caírem, por que isso é mais frequente em idosos e quais são os cuidados para prevenir o problema.

Por que os dentes caem?

Os dentes caem por diferentes patologias bucais, que, em sua maioria, podem ser tratadas ou prevenidas. Normalmente, só os dentes de leite podem cair, dando lugar aos permanentes, mas algumas doenças acometem os tecidos que dão suporte às gengivas e aos ossos, levando à perda dos dentes.

Entre as principais causas, podemos destacar:

Cáries

A cárie é a mais comum das doenças nos dentes. Ela é causada por bactérias provenientes de restos de alimentos na boca, gerando a descalcificação do esmalte e o enfraquecimento do dente, sendo necessária a extração. Para preveni-las, é importante moderar o consumo de açúcar, fazer uma boa escovação dentária e visitar um dentista regularmente.

Periodontite e gengivite

A periodontite é uma evolução da gengivite, inflamação que acomete a gengiva e pode afetar alguns dentes. Os sintomas iniciais são alteração da cor e sangramento do local.

Se não for devidamente tratada, pode progredir e afetar o osso que dá sustentação aos dentes.

Bruxismo

O hábito de ranger e apertar os dentes causado por má oclusão e/ou estresse gera um desgaste na estrutura óssea. Normalmente, ocorre durante o sono, mas existem relatos de pessoas que desenvolvem a ação ao longo do dia. Os sintomas variam de leves incômodos no local, dores de cabeça, enxaquecas e, em alguns casos, perda dos dentes.

Adotar uma rotina de vida mais leve, evitando o estresse, pode contribuir com a cura do bruxismo. Alguns dentistas recomendam o uso de placas de mordida que se encaixam na arcada dentária do paciente.

Mau posicionamentos dos dentes

Os dentes podem estar mal posicionados por causa de mordidas cruzadas ou arcadas que não se encaixam, causando fratura, sobrecarga da articulação, retração gengival e até perda dos dentes.

Os problemas podem ser evitados com o uso de placa de mordida, aparelho ortodôntico e até fisioterapia.

Medicamentos e terapias muito agressivas

Alguns remédios, como antibióticos e anti-hipertensivos, e tratamentos, como quimioterapia e radioterapia, podem suprimir o metabolismo ósseo e enfraquecer a estrutura, resultando na queda precoce dos dentes. Converse com seu médico ou dentista sobre os possíveis efeitos colaterais.

Traumas de impacto

Alguns traumas podem diminuir o volume dos ossos que compõem a mandíbula, impossibilitando a sustentação dos dentes.

Acontece que muitos traumas que comprometem a estrutura óssea bucal não são notados de imediato. Quando algo afeta a dentição na partir da raiz, por exemplo, pode deformar o osso — mesmo que não fique evidente. Caso sofra algum trauma e perca o dente, guarde-o em um recipiente com leite para tentar implantá-lo.

Agenesia

Ocorre quando o dente de leite está presente, mas não há nenhum permanente para substituí-lo. O problema somente será percebido quando o dente cai, geralmente na adolescência. Em algumas situações, o dente de leite permanece funcional e pode ser usado normalmente até que falhe, seja pela perda do suporte da raiz, seja por outra patologia dentária. Nesses casos, ele deverá ser removido.

Por que a perda é mais frequente em idosos?

Os idosos tendem a apresentar condições que favorecem a queda dos dentes. Entre os fatores estão: consumo de açúcar em excesso, enfraquecimento natural da estrutura óssea e perda da destreza manual, o que pode comprometer a higienização bucal.

Além disso, segundo o estudo divulgado no site Brasil Sorridente, a falta de escolaridade reflete também na saúde bucal, já que muitas pessoas não recebem orientações corretas sobre a prevenção de doenças e as melhores práticas de higienização. Também podemos citar a demora em ir ao consultório do dentista, se limitando a situações emergenciais.

Quais os problemas que a falta de dentes pode trazer?

O principal problema da falta de dentes está relacionado à mastigação e, por consequência, à dificuldade de digestão, gerando problemas gastrointestinais. Também podemos citar dificuldade com a fala e o risco de doenças graves, causadas pelas infecções.

Contudo, a questão estética também deve ser levada em consideração, pois pode levar até mesmo ao isolamento social, já que as pessoas sentem vergonha em sorrir e conversar. Portanto, as falhas na dentição influenciam (e muito) a autoestima de forma negativa.

Como evitar a perda de dentes?

A prevenção é a principal forma de evitar as doenças bucais. É necessária a higienização correta com escovação diária, uso de fio dental e visitas esporádicas ao dentista. O ideal é que a consulta seja realizada a cada 6 meses.

Deve-se evitar o consumo em excesso de alimentos que contêm açúcares, como doces, pães, massas e demais carboidratos. A melhor prática é adotar um cardápio baseado em produtos que não são metabolizados pelas bactérias presentes na boca, como leite, queijo e seus derivados, hortaliças de coloração mais escura, frutas como maçã, pera e morango, castanhas, nozes e leguminosas.

Outro ponto importante é organizar bem os horários de alimentação. É recomendado fazer três refeições diárias principais e lanches mais leves em intervalos de até três horas. A disciplina alimentar aliada à higiene bucal ajudam na prevenção da queda precoce dos dentes.

Agora que você já sabe por que os dentes caem, é o momento de se prevenir e não adiar seu tratamento..

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Sobre Dr. Francisco

Dr. Francisco de Oliveira Castro
Dentista avaliador na clínica Vital Implantes.
CRO-DF 9447
Graduado em 1997 pela FELA-INCA/UEMG;
Pós-graduando em Implantodontia na EAP-ABO de Campo Belo - MG.