Diastema frontal: conheça as melhores opções de tratamento

Tempo de leitura: 6 minutos

Os dentes levemente separados, chamados de diastema frontal, podem ser um charme ou um inconveniente para algumas pessoas. Sorrisos famosos possuem o detalhe, a exemplo da Madonna, da top model Lara Stone e também de Brigitte Bardot.

Mas, apesar disso, nem todo mundo se sente confiante com o diastema e, em alguns casos, a correção é indicada. Quer saber mais sobre isso? Continue lendo este post!

O que é o diastema? Ele é um problema de saúde?

O diastema costuma aparecer antes que os primeiros dentes de leite caiam e está relacionado ao desenvolvimento do rosto da criança, surgindo alguns pequenos espaços entre os dentes, garantindo que quando a dentição permanente nascer haverá espaço suficiente para ela.

Porém, por vários motivos que explicitaremos logo mais, em algumas crianças esse “vão” continua maior do que deveria, causando um desajuste no alinhamento dos dentes.

Quem tem um diastema sempre deve procurar auxílio de um dentista para que o profissional investigue as causas e descubra se o problema precisa ou não de tratamento.

Em crianças, a questão tende a desaparecer naturalmente. Caso isso não aconteça e se mantenha na vida adulta, é indispensável o acompanhamento odontológico.

Além disso, o diastema pode contribuir para que outros problemas bucais apareçam, facilitando a retenção de alimentos e resíduos entre os dentes, podendo causar cáries e inflamações na gengiva.

Ele pode, ainda, comprometer a fala ou ser uma das causas da Disfunção Temporomandibular (DTM), devido a desequilíbrios na mastigação e no uso da musculatura da face.

Quais as causas mais comuns do diastema?

Como dissemos, o diastema pode ser comum na infância, devido ao espaço natural mais amplo para que os dentes permanentes nasçam. Quando isso não se resolve espontaneamente, é preciso agendar uma visita ao dentista, já que existem muitos motivos que levam ao problema, como:

  • anormalidade no tamanho do freio labial: o tecido fibroso que une o lábio à gengiva e que não se reduz espontaneamente, por isso, quando ele é maior que o normal pode acabar afastando os dentes;

  • respiração pela boca;

  • hábitos como chupar o dedo ou manter a chupeta por muito tempo, que podem causar anomalias no desenvolvimento ósseo da criança, alterando a estrutura óssea facial;

  • interposição da língua entre os dentes durante a fala, empurrando-os para frente;

  • ausência da formação do dente (chamada de agenesia dentária);

  • desproporção entre o tamanho do dente e a base óssea que o sustenta;

  • dentes inclusos, ou seja, aqueles que por algum motivo ficaram presos dentro do osso;

  • dentes pequenos e em formato irregular;

  • presença de doenças gengivais, como gengivite e periodontite, capazes de acometer as estruturas de suporte do dente, alterando o posicionamento na arcada.

Como você viu, existem muitas causas que levam ao diastema. Por isso, não basta “fechar o vão”, é preciso compreender o que está causando o problema e resolvê-lo, caso contrário, o diastema pode voltar a aparecer.

Quais as formas de tratamento do diastema?

A melhor época para tratar o diastema é ainda na infância, a partir da dentição mista, evitando que o problema se prolongue até a vida adulta e possa causar outras questões de saúde bucal.

Veja alguns dos tratamentos mais comuns.

Frenectomia

A frenectomia é o nome da cirurgia que visa corrigir o freio labial tanto superior como inferior. Além do diastema, o freio labial aumentado pode causar outros problemas, como favorecer o acúmulo de resíduos e impedir que os resultados do tratamento ortodôntico se mantenham após a retirada do aparelho.

Os freios que causam o diastema são aqueles com uma inserção mais baixa entre os incisivos e, em algumas vezes, até além deles.

A frenectomia é um processo cirúrgico muito simples e feito com anestesia local no próprio consultório do dentista. A intenção é remover a parte do freio que está inserida próxima aos dentes.

Algumas vezes, após a cirurgia, o diastema deverá ser fechado com o uso de um aparelho ortodôntico.

Tratamento para a respiração

Crianças e adolescentes que respiram pela boca precisam de um acompanhamento multiprofissional, de preferência com um otorrinolaringologista, que trabalhará nas causas da obstrução nasal.

Em alguns casos, também será preciso o acompanhamento de um fonoaudiólogo, que ajudará com exercícios respiratórios fazendo com que a criança aprenda a respirar pelo nariz.

O dentista poderá auxiliar no tratamento indicando o uso de aparelhos ortodônticos e ortopédicos que visam reposicionar a arcada, ampliar o céu da boca (palato) e reduzir os espaços entre os dentes.

Tratamento para a interposição lingual

Nesse caso, o tratamento ortodôntico visa auxiliar o paciente a posicionar a língua de forma correta durante a fala, evitando empurrar os dentes para frente. O fonoaudiólogo também pode ser necessário nesse processo, ajudando no treinamento da língua.

Aparelhos ortodônticos

Podem ser usados tanto na infância como na fase adulta. Nas crianças, os aparelhos buscam corrigir a discrepância entre o tamanho dos dentes e do maxilar, além de resolver os problemas de desenvolvimento ósseo.

Já nos adultos, a ideia é tratar o mau posicionamento dos dentes, fechando os espaços múltiplos que vão além do diastema frontal.

Restaurações em resina

É uma técnica bem comum porque tem custo mais acessível e resultados rápidos, podendo resolver várias causas do diastema. Porém, o dentista precisa considerar as causas do problema e pensar também em como fortalecer mecanicamente a resina, que poderá não suportar a carga exercida sobre ela.

Facetas ou lentes de contato

São espécies de lâminas bem finas de porcelana que recobrem os dentes, ajudando a fechar os pequenos vãos entre eles. Além disso, podem ser usadas para modificar a coloração do sorriso e corrigir outras imperfeições, como os tamanhos diferentes dos dentes.

Próteses e implantes dentários

Indicadas para quem sofreu a perda de um ou mais dentes. Quando há ausência de dentes, os demais acabam se modificando para suprir essa necessidade, o que causa deslocamentos na arcada e pode levar ao diastema.

Se o problema é mais extenso, com a falta de vários dentes, as próteses são mais indicadas; já para ausência pontual de um dente, os implantes são mais recomendados.

Como você viu, existem muitas formas de tratar o diastema, mas o principal continua sendo a prevenção. É muito importante que os cuidados com a saúde bucal comecem logo cedo.

Ir ao dentista mesmo quando ainda se tem apenas os dentes de leite pode evitar que as alterações ósseas, por exemplo, causem o diastema, ou ainda revertendo maus hábitos, como de chupar o dedo ou a chupeta.

O dentista poderá avaliar a presença de dentes supranumerários, mal posicionados, cistos e outras anormalidades que podem vir a causar o diastema, impedindo que ele aconteça.

Você gostou de saber sobre o diastema frontal? Aproveite e baixe o nosso e-book gratuito sobre implante dentário e entenda mais sobre esse procedimento!

Sobre Dr. Francisco

Dr. Francisco de Oliveira Castro
Dentista avaliador na clínica Vital Implantes.
CRO-DF 9447
Graduado em 1997 pela FELA-INCA/UEMG;
Pós-graduando em Implantodontia na EAP-ABO de Campo Belo - MG.