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A anestesia propicia que o tratamento odontológico seja executado sem que o paciente sinta dor. E todo mundo sabe que ela demora um pouquinho para passar, mesmo após o procedimento, o que causa aquela sensação incômoda de formigamento por algumas horas. No entanto, essa dormência pode ser mais duradoura — o que caracteriza a parestesia bucal.
Mas não se assuste: essa situação é bastante rara e tem cura. O importante é ficar atento aos sintomas e procurar o dentista caso perceba que o efeito da anestesia persista por muito tempo.
Quer entender melhor o que caracteriza a parestesia bucal, quais são as principais causas e sintomas e qual é o tratamento? Acompanhe este post que preparamos para você!
O que é parestesia bucal?
Para entender esse quadro, é importante saber o que significa o termo parestesia. Trata-se de uma sensação de formigamento em qualquer parte de corpo e, em geral, tende a ser passageira.
Todo mundo já passou por isso. Sabe quando ficamos muito tempo com a perna cruzada e sentimos dormência? Pois bem, isso se chama parestesia e, por desaparecer naturalmente, é temporária. Ela é decorrente da pressão dos nervos e pode acometer pernas, pés, mãos e braços.
Existe ainda a parestesia crônica, uma situação de dormência em partes do corpo relacionada a algum problema no sistema nervoso ou circulatório.
Odontologia
Contudo, por causar os mesmos sintomas também na boca, o termo é empregado na odontologia. Quando os efeitos da anestesia não passam depois de algumas horas, ocorre a chamada parestesia bucal.
Quais são as principais causas?
A parestesia bucal acontece quando há uma lesão em um dos nervos — geralmente o alveolar inferior, que se localiza na parte interna da mandíbula. Por isso, pode acontecer nas situações de:
- extração do dente do siso;
- cirurgia de implante dentário próximo ao nervo;
- cirurgia para remover lesões localizadas na raiz do dente;
- cirurgia da face;
- cirurgia ortognática.
Quais são os sintomas mais comuns?
Se já realizou algum procedimento no consultório do dentista e precisou de anestesia, você sabe a sensação que ela provoca por algumas horas. Esses são os sintomas da parestesia bucal, com a diferença de que persistem por um tempo bem maior do que o esperado.
Dessa maneira, fique atento caso os sinais abaixo não desapareçam mesmo depois de horas da aplicação da anestesia:
- dormência;
- formigamento;
- coceira;
- sensação de pressão;
- alteração de temperatura na região, que fica mais fria ou mais quente;
- dificuldade na fala;
- aumento da salivação — o paciente pode babar pela falta de sensibilidade.
Esses sintomas podem estar nas bochechas, gengivas, língua, lábios e queixo. Por conta da falta de sensibilidade, o paciente pode ter ainda alteração no paladar ou machucar a boca por mordiscar a bochecha sem perceber, por exemplo.
Diferente da paralisia
É importante salientar que parestesia é uma condição diferente de paralisia. A primeira é caracterizada pela falta de sensibilidade, enquanto a segunda pela limitação de movimentos.
Como tratar esse quadro?
A maior parte dos casos de parestesia bucal é temporária e esses efeitos incômodos tendem a passar de uma semana a um mês após o procedimento odontológico.
Todavia, procure o dentista o mais rápido possível para que ele avalie se a complicação é realmente passageira ou se há maior gravidade, o que exige a prescrição de um tratamento adequado.
Nos casos de parestesia bucal temporária, pode ter ocorrido compressão do nervo em virtude de um edema cirúrgico. Assim, a sensibilidade volta ao normal logo que o inchaço desaparece.
A única recomendação aos pacientes nessa situação é esperar a sensação passar. Só é preciso se policiar para não machucar a língua ou bochechas, principalmente na hora das refeições. Por isso, evite consumir alimentos muito duros. Apesar do incômodo causado pela falta de sensibilidade, é fundamental fazer a higienização oral completa.
Em casos mais graves, ou seja, quando o dano ao nervo for grande, é necessário um tratamento especializado, que pode incluir:
- prescrição de vitaminas específicas, como as do complexo A e B;
- laserterapia: é realizada com um aparelho que emite laser infravermelho, que tem propriedade anti-inflamatória e consegue fazer a regeneração nervosa periférica, auxiliando na recuperação da sensibilidade.
A parestesia bucal é uma complicação bastante rara e, na maior parte das vezes, é temporária, ou seja, o incômodo vai embora e o paciente volta a ter vida normal. Em uma parcela ínfima dos casos, a condição é irreversível.
A culpa dessa complicação é sempre do dentista?
Muita gente fica assustada quando pensa na possibilidade de perder a sensibilidade após um procedimento odontológico. Como destacamos, a parestesia bucal é uma complicação que ocorre em uma parcela bastante pequena dos casos e é decorrente dos riscos inerentes que qualquer cirurgia oferece.
Dessa forma, entenda que, mesmo que o dentista seja um profissional extremamente competente e experiente e conte com um consultório totalmente equipado, ele não está isento de cometer erros.
As cirurgias orais são bastante minuciosas. As estruturas ficam muito próximas e qualquer incisão ou posicionamento da agulha exige precisão milimétrica.
É papel do dentista ser transparente com o paciente a respeito de todos os riscos que uma cirurgia oferece, entre eles a parestesia bucal que, na grande maioria dos casos, causa a perda temporária de sensibilidade.
Saiba que a odontologia não para de evoluir, com tratamentos cada vez mais seguros e confortáveis para os pacientes. Portanto, ter medo de ir ao dentista é coisa do passado! Um ponto importante é procurar por profissionais especializados no procedimento que for realizar.
Agora você já sabe que é preciso ficar atento a qualquer sintoma diferente na boca e que demore a passar — como o efeito da anestesia — após a realização de um tratamento odontológico. No caso de parestesia bucal, por exemplo, entre em contato com o seu dentista para que ele avalie a gravidade do caso e indique o melhor tratamento.
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Ola! Obrigado…Eu amo seu post obrigado.