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Investir no seu sorriso é a forma mais barata de melhorar sua aparência. Por isso, manter uma boa saúde dental é importante para passar uma boa impressão e ainda fortalecer a autoestima.
Quando alguns cuidados essenciais não são tomados, muita gente não percebe que está colocando o corpo inteiro em risco, e não apenas os próprios dentes. Isso porque a saúde óssea e dental estão mais próximas do que você imagina.
Neste post, você vai entender como a osteoporose pode influenciar a sua saúde oral. Acompanhe:
O que é a osteoporose
Para compreender a relação entre osteoporose e saúde dental, primeiro é preciso entender as características dessa doença.
Com o passar dos anos, é possível que os ossos percam densidade em função da falta de hormônios ou nutrientes, como o cálcio e a vitamina D, que têm sua absorção reduzida no organismo. Por isso, o risco de quebra óssea em idosos é mais alta, já que a sua estrutura encontra-se fragilizada.
A palavra “osteoporose” significa “osso poroso”. Os ossos saudáveis, quando observados bem de perto, são cheios de pequenos furinhos, como uma esponja. Quem apresenta essa doença metabólica tem sua massa óssea reduzida, apresentando furos maiores e mais largos. Muitas vezes, essa pessoa não sente nenhum sintoma até sofrer alguma fratura.
O que a osteoporose tem a ver com a saúde dental
Já que a osteoporose é caracterizada pela fragilidade óssea, é fácil concluir que a doença pode enfraquecer o maxilar e mandíbula. Essa condição pode desencadear diversos problemas de saúde bucal.
Os principais deles incluem a mobilidade dentária (dentes soltos), gengivas que se destacam dos dentes ou retração gengival, que pode deixar as suas raízes expostas. Alguns estudos recentes também apontam a possibilidade de uma relação entre a osteoporose e agravamento de doenças periodontais.
A queda dentária, que também pode ser ocasionada pela doença, tem a capacidade de gerar consequências desastrosas, como o desajuste da mordida (já que os dentes vizinhos podem inclinar e proporcionar dificuldades na mastigação) e futuros problemas músculo-articulares.
Próteses e implantes
Com a diminuição da densidade do osso alveolar, a osteoporose pode afetar as partes do corpo que mantêm as dentaduras na posição correta, resultando em próteses mal fixadas ou mal ajustadas.
Diversas pesquisas mostram que quem tem a doença corre o risco de precisar de novas dentaduras mais frequentemente do que aqueles com ossos fortes e saudáveis.
O enfraquecimento dos ossos também pode ser um problema para aqueles que desejam realizar um implante, pois é preciso ter uma boa densidade e qualidade óssea para que a cirurgia seja realizada com sucesso e a prótese seja fixada corretamente.
Os bons dentistas que desconfiarem de algum problema ósseo por meio da radiografia costumam encaminhar o paciente para outro profissional de saúde imediatamente. Pode ser que seja necessária uma reposição severa de cálcio, ou até mesmo um procedimento de enxerto ósseo antes de iniciar o tratamento de implante.
Medicações e seus efeitos
Alguns pacientes fazem o uso de bisfosfonatos, uma classe de drogas recomendada por médicos para quem precisa prevenir ou tratar a osteoporose. No entanto, alguns potenciais efeitos colaterais dos medicamentos são preocupantes: fraturas e osteonecrose (perda de vascularização) nos maxilares ou mandíbula.
Ainda que esses efeitos sejam bastante raros — e diversas instituições como a Associação Dental Americana reconheçam que os benefícios superam os riscos —, é recomendado que todas as pessoas que fazem uso de bisfosfonatos não façam apenas um acompanhamento com o ortopedista, mas também com um dentista.
Essa relação com um profissional é importante para que ele possa monitorar a saúde dental do paciente e orientá-lo sobre os cuidados e hábitos de higiene que precisa adotar.
Como se cuidar e prevenir a doença
A osteoporose não tem cura, mas alguns tratamentos são capazes de melhorar a massa óssea, afastar os riscos de possíveis fraturas e impedir avanços no grau da doença. Para isso, é preciso fazer um acompanhamento com um médico (geralmente ortopedista) e realizar consultas de rotina com o dentista.
No entanto, o melhor para se manter sempre saudável é a prevenção. Alguns hábitos e condições podem exercer forte influência na redução dos riscos de desenvolvimento da doença.
Evitar o sedentarismo
A prática regular (três a quatro vezes por semana) de exercícios moderados é muito importante para a manutenção do peso e fortalecimento dos músculos, que sustentam os ossos do corpo.
As atividades de impacto (como caminhada e corrida) são as mais indicadas para o aumento de massa óssea, pois favorecem a absorção de cálcio pelo organismo.
Alimentar-se de forma saudável
Uma alimentação balanceada e rica é importante para manter os níveis de cálcio altos no organismo e dispensar a necessidade de suplementos no futuro. Leite, ovos, peixes e leguminosas são exemplos de alimentos que fazem bem para os dentes e ossos. Não deixe de incluí-los no cardápio.
Tomar banhos de sol
A exposição solar na medida certa é uma fonte saudável de vitamina D, que atua na absorção do cálcio e na manutenção da massa óssea. Experimente tomar sol de 15 a 20 minutos por dia, preferencialmente perto das dez da manhã.
Abandonar os vícios
As drogas como álcool e cigarro são um perigo para a saúde, pois aceleram a perda de massa óssea ao atrapalhar a absorção de cálcio pelo organismo e enfraquecer os osteoblastos, que são células responsáveis pela formação dos ossos.
Fazer o exame de densitometria óssea
É importante que todas as mulheres acima de 65 anos e homens com mais de 70 façam um acompanhamento médico geral, realizando o exame de densitometria óssea (DMO) anualmente para verificar se o tecido de seus ossos está poroso ou frágil.
A idade e genética podem ser fatores de risco para a osteoporose e, consequentemente, para a sua saúde dental. Mas o que exerce maior influência no seu físico são os hábitos. Cuidar do corpo, da alimentação e da mente são os principais passos para levar uma vida plena e livre de doenças.
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