Cúrcuma, bicarbonato, carvão… afinal, esses produtos funcionam na limpeza dos dentes?

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Um sorriso brilhante se obtém com cuidados diários, como a higienização e a limpeza dos dentes, e com visitas periódicas ao dentista. Contudo, todo dia surgem receitas caseiras rápidas e baratas que prometem limpar e deixar os dentes mais brancos. O problema é que, nem sempre, há garantias de sua eficácia, ou pior: algumas dessas estratégias podem prejudicar a saúde bucal.

Neste post vamos elucidar alguns mitos a respeito dos produtos que prometem limpar os dentes e deixá-los mais brancos. Confira!

Como funcionam os produtos que prometem fazer a limpeza dos dentes?

Dentes amarelados surgem com o tempo, uma vez que é uma consequência do envelhecimento natural da dentição. Além disso, o consumo de alimentos com forte pigmentação (como o café, o refrigerante e alguns molhos escuros), o tabagismo, a ingestão de álcool e o uso de medicamentos também influenciam no escurecimento dental.

Por isso, é comum vermos (principalmente na internet) receitas caseiras que prometem limpar melhor e clarear o sorriso. Vamos às fórmulas “milagrosas”:

1. Cúrcuma

A cúrcuma (chamada também de açafrão) é uma especiaria utilizada para diferentes fins (tempero, corante, remédio para tratamento do fígado e de problemas gástricos). Entre suas propriedades, é possível destacar a ação antibacteriana, anti-inflamatória, antioxidante e digestiva.

Circula na internet receitas com o pó de cúrcuma para escovação como substituto do creme dental. O produto até proporciona uma ação refrescante, contudo, é mais provável que ele manche os dentes do que os deixe brancos.

Isso porque os dentes são porosos e podem absorver os pigmentos da cúrcuma. Além disso, há uma regra que diz que se o alimento mancha as roupas, também pode manchar a dentição. Acontece que a cúrcuma tem uma forte coloração amarela, que deixa até a escova de dentes amarelada após a aplicação.

Também não há comprovação que a cúrcuma tem algum efeito antisséptico ou antibiótico. Segundo o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), não há evidências científicas de que seu uso possa ser eficaz na limpeza e na prevenção de cáries ou de doenças na gengiva.

2. Carvão ativado

O carvão ativado é obtido por meio da queima de ossos, madeira e outros compostos. Ele é muito utilizado para filtragem da água e do ar, desintoxicação e para branquear os dentes. As receitas publicadas em sites e blogs ensinam a utilizar o produto associado ao creme dental durante a escovação.

O carvão ativado pode tornar os dentes mais brancos, pois elimina a placa bacteriana e manchas provocadas pelo consumo de alimentos com alta pigmentação, passando a sensação de que eles estão mais claros.

Só que o preço a se pagar não é nada barato. O processo embranquecedor do carvão ativado ocorre por abrasão, ou seja, ele “corrói” o esmalte do dente, deixando a dentina mais exposta. Além disso, a técnica pode provocar desgaste e aumentar a sensibilidade dentária, o que é capaz de gerar infecções.

3. Suco de limão

Também há receitas que ensinam a passar limão diretamente nos dentes ou fazer bochechos com o suco do fruto. Não existe nenhum estudo que comprove sua eficácia, mas é certo que, em excesso, ele pode causar a corrosão do esmalte.

O suco de limão é ácido e pode fragilizar os dentes, deixando-os mais sensíveis. O seu uso também facilita o aparecimento de cáries.

4. Água oxigenada

Bochechos com água e água oxigenada podem limpar e clarear os dentes? Sim, mas o custo é muito alto, tendo em vista que o peróxido de hidrogênio (dependendo do volume) aumenta o pH da boca em níveis significativos e só isso já é suficiente para fazer mal à saúde bucal.

O aumento da acidez natural traz danos, como lesões, agravamento de inflamações nas mucosas, favorece a desmineralização dentárias e destrói as bactérias aeróbicas, que contribuem para o equilíbrio da flora bucal.

5. Bicarbonato de sódio

O bicarbonato de sódio (NaHCO3) é um sólido cristalino de coloração branca, com sabor alcalino e solúvel em água. Apresenta uma série de benefícios, como o tratamento da acidez do estômago. Ele também é usado na culinária (como fermento) devido a sua liberação de dióxido de carbono gasoso.

E para os dentes? Muitas receitas ensinam a utilizá-lo junto com o creme dental ou sozinho, com a escova úmida. Como o carvão ativado, o bicarbonato de sódio causa abrasão, ou seja, pode até limpar e clarear, mas não é uma boa ideia.

A substância funciona como um “esfoliante dental”, capaz de remover a placa bacteriana, sujeira e até algumas manchas, passando uma sensação que os dentes ficaram mais brancos.

Outros problemas causados pelo abuso do uso do bicarbonato de sódio nos dentes são a corrosão do esmalte, o aumento do pH da boca, o aumento na erosão ácida e a hipersensibilidade, o que compromete a forma e a estrutura da dentição.

Alguns dentistas até fazem uso de jatos de bicarbonato em pó para remover a placa bacteriana, mas trata-se de um procedimento realizado apenas no consultório e com acompanhamento. Fora dele, evite seu uso na dentição.

6. Juá

O juá é o fruto do juazeiro e é rico em saponinas, que têm ação detergente, adstringente, antisséptica, sendo também um higienizante natural. É amplamente aplicado na fabricação de produtos cosméticos, de higiene e de limpeza (como xampus, hidratantes e cremes dentais).

A raspa do juá é produzida a partir da entrecasca do juazeiro, que é transformada em pó. Essa substância é usada na escovação dos dentes com a promessa de redução das cáries, da placa bacteriana e da halitose, além de higienizar e clarear.

Tal como as outras receitas desta lista, não há comprovação de que o pó de juá faça tudo o que a internet promete. O posicionamento do secretário-geral do Crosp é de que, assim como no caso da cúrcuma, o uso do juá para limpar os dentes também não tem respaldo científico.

Como fazer a limpeza dos dentes corretamente?

A receita é simples: creme dental, escova com cerdas macias e arredondadas, fio dental e antisséptico bucal. Outros cuidados além desses, só se forem recomendados pelo dentista — é ele quem vai indicar o método mais eficaz e menos nocivo ao paciente.

Independentemente do método, o profissional poderá resolver seus questionamentos, além de apresentar as melhores soluções para a limpeza dental do cotidiano, orientando quanto aos produtos mais adequados.

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